Sempre me pareceu que um covarde é uma pessoa que se importa mais com o que os outros dizem do que com o que é certo. Bravura não tem relação com o jeito como as pessoas chamam você, Spensa. É sobre quem você sabe ser.
Nesse feriadão eu terminei a série Skyward, do Brandon Sanderson. Skyward é uma ficção científica YA, e conta a história de Spensa, uma garota que sonha em ser piloto e se juntar à resistência do seu povo na luta contra os constantes ataques sofridos ao planeta que, agora, abriga os humanos.
O problema é que, não importa o quão boa Spensa seja, ela nunca será boa o suficiente. Sua família carrega uma marca de traição e conseguir colocar as mãos em uma nave será bem mais difícil do que ela imaginava.
Lembre-se, Spensa. Você tem que escolher quem você é. Legados, lembranças do passado, podem nos ser muitos úteis. Mas não podemos deixar que nos definam. Quando a herança se torna uma caixa, em vez de uma inspiração, é porque já foi longe demais.
Essa será uma resenha compacta e tentarei, nela, pegar o quadro geral dos quatro livros e, ainda assim, não deixar escapar nenhum spoiler.
Feitas as apresentações e explicações, eu agora posso começar o que realmente importa...
Eu vou sentir tanta falta dessa série! Ela é tão comfort e divertida e fofa, ao mesmo tempo carrega os elementos característicos do Brandon: um worldbuilding sensacional, desenvolvimento dos personagens impecável (SPENSA VOCÊ SERÁ PARA SEMPRE A MINHA BEBÊ!), interações entre diferentes espécies construídas de uma maneira cuidadosa, a escrita perfeita e aquele ritmo que te faz querer engolir os livros.
Não posso deixar de comentar sobre o humor de Skyward que é um dos pontos mais altos da história, o Brandon tem umas sacadas muito boas e umas referências que faz a pessoa gargalhar de verdade. Sem falar que a própria Spensa é uma comédia ambulante. A garota raivosa e sanguinária que tem as melhores frases de efeito para quando ela, finalmente, matar seus primeiros inimigos são sensacionais. Além disso, também é sempre bom lembrar que essa história é contada pelo ponto de vista de uma adolescente - com um elenco majoritariamente adolescente, e que, portanto, trata de assuntos como autodescoberta, crenças infantis sendo abaladas pelo mundo real, bullying, found family, amadurecimento e até primeiros amores.
I'm not alone. I will never be alone. I'm part of something bigger. And when you pick a fight with one of us... You pick with all of us.
Skyward é uma série perfeita do começo ao fim e Defiant foi para fechar com chave de ouro. Os adolescentes inconsequentes lá do primeiro livro agora precisam lidar com ameaças muito maiores do que jamais imaginaram, os traumas das experiências passadas nos últimos três volumes os deixou com um peso sobre os ombros que seria demais para qualquer jovem aos 17 anos. Eles carregam muitas responsabilidades, muitas dores, mas eles têm uns aos outros e no fim é sobre isso que Skyward é. Saber que sua vida pode tá uma grande bagunça, mas você tem muitas pessoas ao seu redor prontas pra te ajudar a carregar qualquer fardo.
Eu amo demais o quão sensível e divertida essa história é. Eu amei acompanhar o crescimento da Spensa e dos outros pilotos. Eu amo o M-Bot - que, vamos combinar, merece uma resenha só para ele, mas por hora vou apenas dizer que nunca na minha vida eu imaginaria que iria me apegar TANTO a uma nave espacial com uma IA que é apaixonada por cogumelos. O duo Spensa e M-Bot é uma das melhores coisas que já existiu e eu não estou exagerando. Amei também a Doomslug, o Chet e a Gran Gran! Eles sempre terão um espaço enorme no meu coração! E eu estou completamente arrasada que acabou.
Vocês podem conferir o primeiro livro da série - disponível no Kindle Unlimited e no Prime Reading - aqui.
Por ora, apenas os dois primeiros livros foram lançados no Brasil Mas continuamos aqui na esperança que a editora Planeta irá trazer a série completa!
ana faz alguma coisa pra série inteira ser publicada aqui
li o primeiro e queria mto continuar mas a planeta n fala nada sobre os outros livros :(
amo demais skyward, amei a resenha ana